sexta-feira, 7 de junho de 2013

Bíblias, escolha a sua...

A bíblia é considerada sagrada por ser a palavra de deus, mas se o sujeito é católico e migrar para o evangelismo terá de jogar sua bíblia sagrada fora e comprar a da nova crença e vice versa. O mesmo se sucede entre os evangélicos, um presbiteriano, por exemplo, se migrar para uma pentecostal tem de se livrar da palavras sagradas e adquirir uma nova bíblia que a nova entidade adota. Se alguém migra para as Testemunhas de Jeová tem de jogar a sua bíblia e adquirir uma das Testemunhas e vice versa. Que sagrado mais estranho...a palavra de deus é tão descartável!

Vale lembrar que os escribas católicos alteravam a bíblia à vontade e colocavam interpolações ao seu bel prazer, tantas que eles mesmos resolvem colocar uma observação na bíblia para coagir tentativas de interpolações. Era muito fácil modificar a bíblia, o catolicismo não permitia bíblia para os fiéis, os sacerdotes recebiam uma nova bíblia, alterada, e eram obrigados a devolver a antiga para ser destruída, um processo rigorosíssimo que dava uma sensação de a bíblia não ser alterada, por isso a bíblia não possui a obra original. O processo de manipulação dos textos bíblicos se encerra em 1500 quando surge o protestantismo que tem como livro sagrado, veja a ironia, a última edição oficial católica.

Resumindo: o que conhecemos por bíblia surgiu no século IV de nossa era, tempo de Constantino, e a bíblia de 1500 anos é bem próxima da primeira reunião de livros considerados sagrados pelo cristianismo realizada por Eusébio a pedido de Constantino. Eusébio (bispo preferido do imperador) seleciona as obras que ele mais apreciava, inclusive livros não sagrados como Eclesiastes por exemplo. A bíblia sagrada, a palavra de um deus, é uma reunião de livros realizada por um bispo. E pelo que não consta na própria bíblia, Eusébio não está na lista de "inspirados" por deus e muito menos seria aprovado pelos evangélicos, por ter sido católico.

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