sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Show de Perguntas - Contradições da Bíblia



Muito interessante a animação. Veja outras contradições e incongruências da bíblia neste outro post.

27 comentários:

  1. Não há contradição entre Miquéias e Jeremias, levando em conta que a ira de Deus pode durar tempos diferentes para situações diferentes.
    Se vc se esquecer do aniversário de casamento de sua mulher, ela ficará magoada contigo por um tempo, mas se você a trair, ela ficará magoada talvez pelo resto da vida. São situações que determinam o tempo da ira de Deus, não há um tempo padrão. Simples assim.

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    1. Quer dizer que deus é tão fútil que sua ira pode ser comparada à mágoa de um aniversário esquecido ?
      Vc já percebeu como esse deus é humano ? Como suas mágoas e paixões são apenas expressões claras de sentimentos humanos ? Faça um esforcinho, vá ?

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  2. Provar e tentar não significam a mesma coisa.
    Provar: submeter a prova; dar prova de.
    Tentar: Exercer tentação sobre.

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  3. Jacó viu Deus face a face e sobreviveu porque Deus estava em forma de um homem (Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um HOMEM, até que a alva subiu
    Gênesis 32:24)diferente do que foi com Moisés.
    De fato, nenhum homem viu a Deus, Jacó viu um HOMEM, Moisés viu a Deus entre uma fenda (E acontecerá que, quando a minha glória passar, pôr numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado.
    Êxodo 33:22)Os setenta anciãos viram a Deus, porém não face a face.

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    1. Se vc, cristão, vir seu deus entre uma fenda e escrever isso em livro, vai passar a ser verdade ? Moisés estava completamente sóbrio quando viu deus entre uma fenda ? O que deus fazia na fenda e como Moisão o reconheceu ? "E aí, chapa, como está o tempo na sua fenda ? Aqui fora tá um calor ."
      Antigamente as pessoas falavam, ouviam e viam deus... quando isso acontece hoje, elas vão parar na ala psiquiatrica de hospitais ou vão para a tv, pedir dinheiro para o povão. Tendencioso, não ?

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    2. Apesar do nome do blog, eu imagino que para ser ateu, não precisa ser ignorante. Eu penso que deve difícil conviver com sua falta de compreensão a respeito de Deus e isso resulta em um certo tom de revolta e ironia em suas colocações. Não tenho a intenção de travar uma discussão para ver quem tem mais razão. Tenho imenso respeito pelos ateus (os sinceros) e só voltarei a te responder caso você mantenha uma postura educada e intelectual.

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    3. Chegamos onde eu gostaria de chegar.
      A compreensão individual sobre o personagem deus.
      O que faz vc acreditar em deus? Honesta e sinceramente, eu gostaria de saber.
      Mais uma coisa, eu não fui mal educada, fui sarcástica.

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    4. Não estou interessado no seu sarcasmo, que por si só, deixa de ser educado se um dos interlocutores administra uma conversa isenta do mesmo.
      É intrigante a posição de um ateu que não se contenta em somente em ser ateu e começa a querer combater quem acredita em Deus. Isso transforma até o próprio ateísmo em religião. Sou cristão e não estou preocupado em combater o ateísmo. Respeito o fato de você não ter conseguido ainda a acreditar em Deus. Professo minha fé em Cristo Jesus e anuncio tão somente seu evangelho, que se consolida no coração de alguns que ouvem, através do Espírito Santo. Comecei a rebater os argumentos do vídeo de forma bem moderada e talvez uma outra hora, se vicê quiser, terei imenso prazer em lhe falar de minha fé. No momento, vou me ater em mostrar como vejo estas tais contradições propostas pelo vídeo. Ah, me perdoe, meu nome é David, muito prazer!

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    5. Combater é uma palavra muito forte para ser usada neste contexto... combater remete à violência e extermínio... não é o caso.
      Tenho minha posição sobre religião embasada, entre outras coisas, no estudo das mesmas. O meu caso é meu e não cheguei a encontrar muitos parecidos. Estou interessada no que move os que acreditam. Gostaria de entender qual é o pilar de sustenção da crença individual. Peço desculpas se o ofendi com meu sarcasmo. O blog não é meu, entrei apenas pelo interesse no assunto. No meio do discurso percebi que me falta este elemento para começar a entender melhor os pilares da fé, uma vez que a maioria acredita apenas pelo conforto superficial de uma vida melhor (ainda que após a morte) e/ou por ter sido doutrinada ainda quando criança.

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    6. Você definiu bem esta questão sobre a fé da maioria. Concordo em gênero, numero e grau. Posso te adiantar que não é uma tarefa fácil discorrer sobre esta minha fé.(se é que posso dizer assim), ou seu pilares mas vale a prna tentar, meu email é djfish777@gmail.com. Parabéns pela honestidade. Viu que funciona bem melhor assim? rsrsrs

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    7. Eu fui honesta desde o início, apenas usei sarcasmo. Estou lhe enviando um email de minha conta pessoal.
      Vou fazer uma breve apresentação de meu perfil para que vc entenda melhor meu interesse.
      Eu não considero trechos isolados da bíblia como verdade absoluta, não considero coisa alguma deste mundo como verdade absoluta, até a lei da gravidade pode ser mudada, caso alguém encontre uma variável que não havia sido considerada em sua formulação. Para usar trechos da bíblia para justificar alguma coisa, serão considerados inclusive aqueles que dizem que pessoas que usam roupas com 2 tipos de tecidos devem ser mortos. Meu interesse é pela natureza humana, o que faz você, como ser humano, atribuir sua existência a uma entidade sobrenatural, mesmo que não exista o menor sinal físico da existência da mesma... apenas conjecturas e um livro escrito por bárbaros ao longo de centenas de anos e compilado por uma das maiores empresas de exploração humana que existe ?

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  4. O vídeo é um pouco grande, então vou assistir o restante e publicar os comentários uma outra hora, tudo bem? qualquer coisa meu email é djfish777@gmail.com

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  5. Também é intrigante a posição de cristãos que não se contentam em somente em ser cristãos e começam a querer converter todo mundo por causa do "ide e pregai o evangelho". Isso transforma o cristianismo não em uma religião de amor, mas sim de dominação, soberba e condenação aos que pensam diferente. Sou ateu e não estou preocupado em combater os cristãos, mas sim a crença em divindades. Respeito o fato de você não ter conseguido ainda desacreditar em seu amigo imaginário. Professo minha descrença e anuncio tão somente meu ateísmo, que se consolida na lógica de alguns que percebem, através da razão, que tudo não passa de mito. Ainda vou rebater seus argumentos do vídeo de forma bem moderada e talvez uma outra hora, se vicê quiser, terei imenso prazer em lhe falar de minha descrença. Aguardo você me mostrar como vê estas tais contradições propostas pelo vídeo. Muito prazer, David. Seja bem vindo ao blog!

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. David, vc não percebeu que eu peguei seu texto e apenas troquei sua crença pela minha descrença exatamente pra invalidar seu texto? Aliás, troque sua crença no seu texto por qualquer outra crença em qualquer outro deus e verá que o sentido se manterá o mesmo: sua crença é cheia de contradições e carência de evidências minimamente consistentes. Sim, estou em busca de respostas e infelizmente vc ainda não foi capaz de dá-las. Vc encontrou? Quem garante? E quem garante que encontrou o certo? Jah te abençoe (ou qq outro deus). Eu, ao contrário de vc, estou sim tentando desacreditar no meu ateísmo para acreditar em alguma divindade (por isso criei o blog). Mas vejo que está cada dia mais difícil...

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Submetidas as alegadas contradições da Bíblia à análise científica proporcionada pela maquinaria pesada da semântica, da sintaxe, da pragmática e da lógica, verifica-se que nenhuma dessas «contradições» é genuína. Todas são fabricadas pelo intérprete, pelo tradutor ou por ambos, através de uma operação ou manobra de acréscimo de texto que não consta no texto da Bíblia.
    Muitas dessas pessoas que dizem que a Bíblia tem contradições nem sequer sabem o que é a Bíblia. A Bíblia é um livro em língua hebraica (com alguns trechos em aramaico) e em língua grega, composto de contributos de cerca de quarenta escritores, começando por Moisés, no ano 1513 antes da nossa era, e terminando em João, no ano 98 da nossa era. Designemos por A esse livro, a Bíblia. Acontece que o objeto A tem sido traduzido para muitas línguas. Designemos por X uma qualquer das traduções de A. Observe-se que A e X são objetos distintos. Por exemplo, todo o X é posterior a A e nenhum X é escrito, nas mesmas passagens, na língua hebraica, aramaica e grega do tempo de A; A pode existir sem existir X, mas X não pode existir sem existir A, e A é absolutamente independente de X, sendo que nada do que afeta X afeta A. Ora, a simples inspeção ao site da Bíblia do Cético Comentada revela que aí se não trata do objeto A, a Bíblia. Aí se trata de um objeto X, que é distinto. A Bíblia não é um livro em língua portuguesa, nem em língua inglesa. Nestas línguas o que existe são traduções. Note-se até que há pelo menos uma organização religiosa que traduziu a Bíblia para a língua portuguesa e que, em vez de intitular essa obra Bíblia, ou Bíblia Sagrada ou Escrituras Sagradas, intitulou-a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. É uma tradução. Assim, as pessoas sabem o que têm em mãos. Por conseguinte, alguém que queira demonstrar uma inconsistência ou contradição na Bíblia tem de falar da Bíblia. Se, em vez disso, falar de uma tradução e, portanto, se passar de eventuais contradições, erros ou incongruências do objeto x para daí se concluir que existem contradições, erros e incongruências no objeto a, que é distinto de x e anterior a x, comete um vício lógico referenciado na literatura da especialidade como «falácia do espantalho», e seus argumentos não merecem a mínima credibilidade. Os proponentes e defensores de tais argumentos viciados pela falácia do espantalho expõem-se ao ridículo perante a comunidade científica, filosófica e acadêmica.

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  8. Todo o raciocínio em que se baseia a Bíblia do Cético Comentada assenta nesta falácia do espantalho e, por isso, de uma só vez, fica demonstrado que a Bíblia do Cético Comentada nenhuma prova faz quanto a sequer uma qualquer alegada contradição de todas as alegadas contradições da Bíblia. O fracasso é completo.
    Adicionalmente, algumas dessas pessoas que dizem que a Bíblia tem contradições nem sequer sabem o que é uma contradição. As contradições são problemas lógicos e não problemas literários. Convém recapitular o que é uma contradição. A ciência que estuda as contradições é a Lógica. De acordo com a Lógica, uma contradição é uma frase, proposição ou fórmula do género «este homem casado é solteiro», «aquele animal é todo preto e todo branco», «desenhei um triângulo quadrado» ou «a Bíblia é divinamente inspirada e a Bíblia não é divinamente inspirada» ou «é proibido matar e não é proibido matar». Acresce que – como lembra a Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos (de João Branquinho/Desidério Murcho, sob a entrada «Contradição» –, só existe contradição quando uma frase, proposição ou fórmula «é falsa em todas as interpretações», ou seja é falsa em todas as situações possíveis. Ora, as pessoas com conhecimentos científicos adequados sabem que a Bíblia não tem e não pode ter contradições, visto que, para isso, seria necessário (1) selecionar pelo menos duas frases da Bíblia, (2) demonstrar que cada uma dessas frases só pode ser verdadeira numa única situação; (3) demonstrar que não existe nenhuma situação em que ambas as frases sejam verdadeiras. Simplesmente, é impossível fazer a demonstração de (2) e (3). Na verdade, a Lógica e a Matemática ensinam-nos que há coisas que não existem. Por exemplo, não existem quadrados redondos, nem existe um número maior que os outros todos, e não existe nem é possível descobrir ou inventar um calmante que excite as pessoas. Semelhantemente, a Lógica e a Matemática, em particular a Teoria dos Conjuntos, ensinam-nos que é impossível encontrar contradições na Bíblia. Tentar encontrar uma contradição na Bíblia é a mesma coisa que tentar encontrar um homem solteiro que seja casado. Esta é a segunda razão pela qual os proponentes e defensores da tese de que a Bíblia contém contradições se expõem ao ridículo perante a comunidade científica, filosófica e acadêmica.
    Assim, mesmo que a Bíblia do Cético Comentada analisasse a própria Bíblia – e não uma tradução –, afastando, deste modo, a falácia do espantalho, o seu fracasso em provar qualquer contradição da Bíblia é sempre completo e absoluto, como a Lógica o demonstra.

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  9. Peraí, Anônimo. Você não tá me dizendo que o vídeo deveria ser falado/legendado em aramaico ou grego pra que ele tivesse algum valor lógico, está? Você já leu a versão original em aramaico ou grego pra saber se a tradução é tão diferente assim da versão original? Se for, então ninguém poderia ler a versão X da bíblia. Se você quiser, eu posso mudar o título do post de "show de incoerências da bíblia" para "show de incoerências da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas". Pra mim, e pra todos os demais cristãos, dá na mesma!

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    1. Informo que o grego e o aramaico (ou o japonês, o português, o inglês ou qualquer língua natural) nada têm a ver com a Lógica. Esta, como a Matemática, exprime-se numa linguagem totalmente artificial.
      Veja bem: eu falei da Bíblia. Não falei do vídeo. Meu argumento é sobre um objeto (a Bíblia, um livro). Vou chamar-lhe objeto A. Quem quiser atacar meu argumento tem de falar de A. O Ateu Ignorante (na verdade, o termo «Ignorante» não é mesmo nada apropriado para qualquer Ateu, na medida em que a opção pelo Ateísmo pressupõe reflexão e, logo, tomada de conhecimento, a par da distinção aguda entre os valores de verdade «verdadeiro» e «falso»; além disso, o ateu pensa sobre a racionalidade de sua não-crença e o religioso, com muita frequência, nem pensa na racionalidade das crenças que tem) escolheu falar do vídeo, que é um objeto distinto do objeto A. Ao vídeo vou chamar objeto B. Ao substituir o objeto A pelo objeto B (sobre o qual eu nada disse) está a cometer a já conhecida falácia do espantalho. Porém, seu exemplo do vídeo até acaba por ser bastante esclarecedor e ilustra o ponto em questão. Vejamos. A fala original do vídeo está em inglês e se alguém quiser mostrar um erro, uma incoerência ou uma contradição naquilo que o vídeo diz ou ensina tem de mostrar que esse erro, essa incoerência ou essa contradição existem na língua original do vídeo (que é a língua inglesa). Vou chamar «objeto I» à porção da língua inglesa falada no vídeo. Esse vídeo está legendado em português. Vou chamar «objeto P» à porção de língua portuguesa usada nas legendas do vídeo. Ora, o objeto I é anterior ao objeto P, é distinto do objeto P e é totalmente independente do objeto P. Se alguém provar que existe um erro, uma incoerência ou uma contradição no objeto P (i.e. nas legendas em português do vídeo), isso nada prova quanto à existência de um erro, de uma incoerência ou de uma contradição do objeto I, que é a fala em língua inglesa do vídeo (não as legendas). Quem quiser provar que o autor do vídeo cometeu um erro, uma incoerência ou uma contradição tem de falar do objeto I, e não do objeto P. Se falar do objeto P quando devia falar do objeto I, o seu argumento sofrerá o irremediável vício lógico da falácia do espantalho, e a credibilidade do seu defensor ou oponente é nula, na medida em que vai contra a Razão e contra a Lógica. Por isso, também se está vendo que não adianta nada traduzir o vídeo para aramaico e para grego (coisa, aliás, que talvez já tenha sido feita). Para análise das alegadas contradições, as línguas hebraica, aramaica e grega só interessam quando o escritor se expressou nessa nessas línguas (e não quando o texto é uma tradução feita por outra pessoa para tais línguas – por exemplo, a tradução do Novo Testamento traduzido para a língua hebraica).
      Dito isto, aceito, com o maior prazer e gosto pessoal, o desafio que o Ateu Ignorante me propõe e gostaria muito que me indicasse uma contradição da denominada «Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas» (ou em outra tradução de sua preferência). A propósito de traduções da Bíblia, depois indicarei qual é a melhor tradução da Bíblia que existe na língua portuguesa (que supera a Tradução do Novo), a qual é à prova de qualquer inconsistência ou contradição. Entretanto, segue no comentário abaixo a análise da alegada contradição da Bíblia «Adão pode comer de qualquer árvore?».

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  10. A Bíblia é um livro em língua hebraica (com alguns trechos em aramaico) e em língua grega, composto de contributos de cerca de quarenta escritores, começando por Moisés, em 1513 antes da nossa era, e terminando em João, no ano 98 da nossa era.
    A Bíblia do Cético Comentada formula uma das muitas alegadas contradições da Bíblia nos seguintes termos: «Adão pode comer de qualquer árvore? Adão pode comer de toda árvore. [Gn 1:29] Há uma árvore da qual ele não pode comer. [Gn 2:17]»
    Representemos por A a sentença «Adão pode comer de qualquer árvore» e por B a sentença «Há uma árvore da qual Adão não pode comer.»
    A Bíblia do Cético Comentada entende que, de acordo com Gênesis 1:29, é verdade que A e, de acordo com Gênesis 2:17, é verdade que B, sendo que as sentenças A e B são a negação uma da outra: se uma é verdadeira, a outra é, necessariamente, falsa. Logo, a Bíblia contém esta contradição.
    Consideremos os textos da Bíblia em causa, na tradução feita por João Ferreira de Almeida (1628-1691], com grafia atualizada.
    Gênesis 1:29 reza: «E disse Deus: eis aqui, vos tenho dado toda erva que dá semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda árvore em que há fruto que dá semente ser-vos-á para comida.»
    Por seu turno, Gêneses 2:17 reza: «Porém da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás: porque no dia em que dela comeres de morte morrerás».
    Procedamos agora à análise lógica dos textos em causa.
    Em harmonia com Gênesis 1:29, Adão tem a liberdade ou permissão de comer de qualquer x tal que x é árvore, em x há fruto e x dá semente. Seja C a classe, a que pertence x¸ definida em Gênesis 1:29 pelos três predicados «é árvore», «em que há fruto» e «dá semente». De qualquer elemento desta classe, C, Adão pode comer. Para haver contradição, ou seja, para se negar a sentença A – «Adão pode comer de qualquer árvore» – basta que Adão não possa comer de apenas um membro desta classe C.
    Em harmonia com Gênesis 2:17: Adão não pode comer, ou está proibido de comer, de y tal que y é árvore e y é da ciência do bem e y é da ciência do mal. Seja D a classe, a que pertence y¸ definida em Gênesis 2:17 pelos três predicados «é árvore», «da ciência do bem» e «da ciência do mal». Haveria contradição se Adão puder comer de apenas um membro desta classe D, ou seja, seria necessário que, ao mesmo tempo, lhe fosse proibido e lhe fosse permitido comer da árvore da ciência do bem e do mal.
    Como se sabe, predicados diferentes definem classes distintas. Deste modo, a classe C e a classe D são classes distintas, uma vez que a classe C é definida também pelos dois predicados «em que há fruto» e «dá semente» e estes predicados não definem a classe D. Acresce que, os dois predicados «da ciência do bem» e «da ciência do mal» definem a classe D, mas tais predicados não definem a classe C. Portanto, qualquer x é distinto de qualquer y. Aliás, a Bíblia não diz quantos são os elementos de C – que são seguramente muitos (cfr. Gênesis 1:29) – mas diz que a classe D tem apenas um elemento, pois fala em «a árvore da ciência do bem e do mal» Gênesis 2:9) e em «da árvore da ciência do bem e do mal, dela» (Gênesis 2:17).

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  11. (Continuação do comentário anterior)
    Para afirmar a alegada contradição da Bíblia com fundamento em que Gênesis 1:29 diz que Adão pode comer de qualquer árvore e que Gênesis 2:17 diz que há uma árvore da qual Adão não pode comer, a Bíblia do Cético Comentada realiza pelo menos duas manobras muito pesadas. Em primeiro lugar, sub-repticiamente, sem o dizer, acrescenta à sentença B, «Há uma árvore da qual Adão não pode comer», outra sentença que é a seguinte: «e esta uma árvore de que Adão não pode comer pertence à classe de todas as outras árvores de que Adão pode comer». Ou seja, a Bíblia do Cético Comentada baseia o seu raciocínio nesta premissa que está escondida e que é falsa, pois a classe C é distinta da classe D. Em segundo lugar, ao servir-se da premissa adicional escondida falsa, a Bíblia do Cético Comentada realiza a dupla manobra de eliminar de Gênesis 1:29 (e omitindo-os na sentença A) os predicados «em que há fruto» e «dá semente» (no âmbito dos quais x tem de estar), e de eliminar de Gênesis 2:17 (e omitindo-os na sentença B) os predicados «da ciência do bem» e «da ciência do mal» (no âmbito dos quais y tem de estar). Com a realização das referidas manobras de introdução de uma premissa adicional oculta falsa e de supressão de palavras da Bíblia, é o intérprete – no caso a Bíblia do Cético Comentada – que, à custa da verdade, fabrica a contradição. Porém, em face de tais manobras, o texto original da Bíblia permanece intocado e harmonioso, isento da contradição que lhe é imputada.
    Ainda se dirá que se houvesse contradição os destinatários da permissão (Gênesis 1:29) e da proibição (Gênesis 2:17) teriam ficado confusos, sem saber qual era a conduta correta que deveriam ter. Este não foi o caso. A serpente (isto é, conforme diz a Bíblia em Apocalipse 20:2, «a Serpente antiga, que é o Diabo e Satanás») – ainda tentou lançar a confusão na mente de Eva, perguntando-lhe (Gênesis 3:1): «É também assim que Deus disse: não comereis de toda árvore desta horta?» No entanto, Eva, antes de transgredir, mostrou que tinha entendido perfeitamente tanto a permissão como a proibição, respondendo a Satanás citando a legislação completa nesta matéria (Gênesis 3:2,3): «Do fruto de toda árvore desta horta comeremos. Mas do fruto da árvore, que está no meio da horta, disse Deus: não comereis dele, nem tocareis nele, para que não morrais.»
    Consequentemente, fica claro que não há e nunca houve contradição alguma na Bíblia entre Gênesis 1:29 e Gênesis 2:17, nem para os destinatários desses textos, que, na verdade, constituem regras ou normas.

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    1. Querido anônimo, percebo que você gosta muito de lógica, pois faz várias suposições matemáticas. Parabéns!
      Pena que seus comentários não tem absolutamente NADA A VER com este post em questão.
      Tive que assistir o vídeo todo de novo (mais de nove minutos) procurando alguma questão sobre Adão e Eva comendo o fruto proibido e não achei nada.
      A questão aqui não é se A é árvore ou se B é a única árvore que não se deve comer.
      Você chegou a assistir ao vídeo deste post? Teria respostas convincentes para todas as contradições apresentadas aqui?
      Se a bíblia do cético interpretou algo errado, fale lá com eles, não comigo.
      Pra mim pouco importa se Adão podia ou não comer qualquer coisa.
      Essa passagem é apenas uma parábola, não é pra ser interpretada literalmente.
      Era a forma que os antigos hebreus tinham de contar sobre o surgimento da humanidade. Só isso.
      E repare que deus proíbe Adão e Eva de comer justamente da árvore do... CONHECIMENTO!
      Ou seja, deus não queria que tivéssemos conhecimento.
      Ele proíbe, mas não dá a punição: aliás, dá sim: a morte! Mas repare que nem Adão e nem Eva morreram depois de comerem. Logo, deus mentiu. E, além de mentir, deu outra punição, não só aos verdadeiros culpados (a cobra, a Eva e o Adão) mas também a todas as gerações depois deles que nada têm a ver com isso. Além de mentiroso, é um deus muito desproporcional em suas punições e nada justo, não acha?
      Abraço!

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    2. Meu caro Ateu (Não) Ignorante, você tem toda a razão: eu não tratei (mas também não pretendi tratar) das questões concretas versadas no vídeo do post. Deste modo, se o assunto em pauta era o vídeo do post, cabe dizer que você marcou um ponto e está me ganhando 1 (um) a 0 (zero). Pode ter a certeza que vou assistir a esse vídeo e tentarei, em futuras postagens, apresentar respostas a «todas as contradições apresentadas aqui», como você diz. Na parte final de seu comentário, você também levanta questões muito pertinentes, tais como (1) o dogma de que Adão e Eva comerem do fruto proibido é uma parábola (mas, se é uma parábola, tem significado; então qual é o significado disso?), (2) a questão do objeto ou tipo de «conhecimento» que Adão e Eva estava proibido de ter, (3) a questão de saber se Deus mentiu porque disse aos desobedientes Adão e Eva que morreriam no dia em que comessem do fruto proibido, sendo que eles comeram e, ainda assim, continuaram vivendo muitos anos e tiveram filhos, (4) a questão de saber se Deus nos está castigando ou causa nosso sofrimento, (5) a questão saber se Deus tem o atributo de ser justo ou, ao invés disso, é um tirano caprichoso e cruel. Também tentarei apresentar resposta a estas questões.
      Naturalmente, responder a estas questões -- à luz da Lógica, da Razão e da Ciência -- é um trabalho que demora, pelo menos, seis meses. Por isso, é necessária muita paciência da parte de quem responde e escreve, mas também da parte de quem recebe e lê a resposta. Assim, desejo a maior das paciências.
      Abraço.

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  12. Ateus são apenas pessoas "confusas e perdidas" que não sabem o motivo da sua existência, se querem saber o motivo de tudo existir no mundo busque uma religião que tenha uma historia da origem do mundo ate o fim do mundo. O que se resume que nos estamos na historia também da Bíblia. E o ultimo capitulo ainda não se completou.

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  13. "Ateus são apenas pessoas confusas e perdidas"
    - Confuso do que? Perdido aonde?

    "que não sabem o motivo da sua existência"
    - Claro que sabemos. Cada um dá o motivo que quer pra viver.
    - Pior são os cristãos, que só têm um motivo: puxar saco de deus pra ganhar vaga no céu quando morrer.

    "se querem saber o motivo de tudo existir no mundo busque uma religião que tenha uma historia da origem do mundo ate o fim do mundo."
    - Qual delas? A maioria tem histórias e cada uma tem uma história diferente. Budistas, hindús, muçulmanos, rastafaris, tribos indígenas, aborígenes australianos, etc.
    - A ciência já explicou como tudo existe. E provou!

    "nos estamos na historia também da Bíblia."
    - Te desafio a pegar QUALQUER livro de História e achar uma única citação de deus ou da bíblia. Se bíblia fosse verdade, estaria na seção de História das livrarias e bibliotecas, e não na seção de Religião.

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