quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Einstein, Deus e o Mal

Vi esse vídeo há um tempo e hoje tive tempo de refletir um pouco mais sobre ele.



1) Um professor que ensine categoricamente que não exista um deus não deve ser levado a sério (e também um professor que afirme que deus exista). Trata-se, nos dois casos, de opinião pessoal, já que não há provas nem de um nem de outro. O professor tem que ensinar a matéria que ele conhece para os alunos (a não ser que estejamos falando de uma aula de teologia). E se deus criou o mal e o bem, não significa nem que ele é 100% mal e nem que ele é 100% bom.

2) O menino está categoricamente errado, pois a própria bíblia nos diz, em pelo menos dois momentos, que deus faz tanto o bem quanto o mal. "Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas." Isaías 45:7 e "Porventura da boca do Altíssimo não sai tanto o mal como o bem?" Lamentações 3:38.

3) Claro que é um vídeo cristão no máximo "bonitinho", pois afirma que o mal é a ausência de deus no coração das pessoas (Datena viu o vídeo?). Bem, 2/3 da humanidade não é cristã, o que não significa que são todas pessoas más por isso (e vice-versa). Coisas boas e más acontecem a todos, a todo o tempo, independentemente de credo (ou ausência dele).

4) O menino argumenta com o professor se valendo das leis da física para explicar que frio/escuridão não existem, mas sim a ausência de calor/luz. Queria ver ele explicar como transformar água em vinho, como andar sobre as águas, como criar um ser humano a partir do barro ou da costela, como fazer cobras e jumentos falarem, como transformar mulher em estátua de sal, etc, segundo as mesmas leis da física.

5) Einstein jamais diria as falas atribuídas a ele no video, pois o conceito de deus que ele tinha era diferente de um deus pessoal (não vou entrar na discussão se ele era ateu ou teísta) e mais próximo da divindade que ele percebia no mundo natural. Einstein em 1954 falou: "Eu não acredito no Deus da teologia que recompensa o bem e castiga o mal (...) Se existe algo em mim que pode ser chamado de religioso, esse algo é a admiração ilimitada pela estrutura do mundo tão longínqua quanto a nossa ciência pode revelar."

6) Um professor afirmar que deus não existe não é calúnia, como está em 1 Pedro 3:15-16. Não há juízo de valor ou adjetivação na afirmação de não existência de algo. Portanto, afirmar que deus não existe não deveria ofender cristãos assim como afirmar que ele exista não ofende aos ateus. Porém, dizer que o seu deus cristão é o único pode ofender a budistas, muçulmanos, hindús, etc.

Mais alguma consideração?

Um comentário:

  1. Boa tarde a todos, sou cristã! observava este texto e me lembrei de uma palavra em um filme que assisti O arrebatamento quando em uma conversa um estudioso das religiões, questionou um homem convertido a fé cristã sobre porque ele afirma ser a sua fé a unica verdade. O mesmo respondeu ter uma certa verdade em cada religião. Mas a palavra de Deus a Biblía ( Cada palavra deste é verdade) e Deus se fez carne e viveu entre nós para mostrar seu amor. Não estou querendo convencer ninguém, não tenho este poder!!! Mas as palavras do Senhor produz vida. O Senhor não tem prazer em ofender ou trazer alguém a acreditar pela força a aceitá-lo. Mas que aceitem através da fé que é revelada para cada um para quem queira.

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