Quero ver algum católico me explicar, biblicamente falando, por que não se pode comer carne na sexta-feira que antecede a Páscoa, mas peixe pode.
Argumento 1) Peixe não é carne
Contra-argumento 1) Se peixe não tem carne, o que tem nele? O que fica entre as escamas e as tripas? "Convencionou-se" não chamar peixe de carne pra se livrar da culpa católica de comer carne. Como se não comer carne (de boi, porco e frango somente) um único dia do ano fosse um baita sacrifício. Não há qualquer embasamento bíblico (embasamento nenhum, na verdade) pra não se comer carne na sexta-feira que antecede a páscoa, a não ser dogma e tradição. Não há sacrifício quando se substitui algo gostoso (carne vermelha) por algo muito mais gostoso (peixes e frutos do mar).
Argumento 2) Peixe não sangra
Contra-argumento 2) E daí que peixe não sangra? Isso faz dele menos merecedor de viver? Ele não tem sangue (na verdade, tem sim, mas não tanto quanto outros animais), mas tem coluna vertebral e sistema nervoso central. Logo, sente dor como qualquer um de nós. Basta vê-lo se debater quando é atacado. Confortável não é, né? E outra: desculpe mas peixe tem sangue sim! O que você acha que passa pelo coração do peixe? Água? Ar? É sangue! Veja aqui.
Argumento 3) Tem mais algum argumento?
Contra-argumento 3) Enfim. Não é hipocrisia não comer outros animais terrestres, mas comer os aquáticos? Independentemente de ser carne ou não, são animais mortos do mesmo jeito. Não estou defendendo não comer carne nenhuma. Só acho estranho não comer determinados animais e outros sim um único dia do ano achando que está agradando alguma divindade com isso.
Sou Católica e procuro sempre esclarecimentos em fatos históricos e naturais antes de sair dizendo ser um milagre ou vontade de Deus. Então, historicamente, na Europa, durante a primavera, que é a estação do ano lá agora, as vacas e ovelhas estavam amamentando as crias e, por essa razão, o abate era reduzido e consequentemente o preço da carne subia. Para evitarem-se revoluções sociais movida pela fome, a Igreja passou a estimular o consumo de peixes, que eram abundantes, baratos e dariam a proteína suficiente para a classe trabalhadora braçal se manter ativa (afinal, nossos músculos são formados a partir de proteínas e não de vegetais). Para dar o “tom religioso”, lembremos que alguns apóstolos eram pescadores e Cristo fez o milagre da multiplicação com pão e peixe (cabe um parêntesis aqui, pois Cristo não transformou alguns peixes e pães em muitos, porque ele não era um mágico barato, e sim o Filho de Deus: o milagre foi que quando ele começou a dividir o que tinha, tocou o coração dos presentes e todos que tinham alimentos passaram a fazer isso; então deu e sobrou, tanto que ele mandou recolher o que sobrou para não haver desperdício). Lembremos também que a Igreja Católica foi o maior senhor feudal da história, mas também é a única que se reconhece santa e pecadora, assim como a humanidade é santa e pecadora. E a partir daí começaram as lendas a respeito de não se comer carne na semana santa e na quaresma, obliterando as razões naturais. Hoje em dia, como o preço do peixe está pela hora da morte (bacalhau era peixe de pobre e hoje é bem diferente), muitos padres já orientam a se comer carne mesmo, pois não há sacrifício em prol de ninguém com a abstinência da carne vermelha, porque, mais uma vez recorrendo à história, o sacrifício de se comer peixe seria em poupar a diferença entre o valor gasto entre o preço do peixe e o preço da carne vermelha para ofertar aos pobres, mas... um quilo de peixe está muito mais caro que um quilo de carne. Enfim, é apenas uma tradição nos tempos atuais não se comer carne na sexta-feira santa, que aos poucos será superada, como foram superadas as tradições de na sexta-feira não se varrer a casa, não pentear os cabelos, não lavar roupa( porque o “ bater a roupa” significava “ bater o corpo de Cristo”), cobrir os espelhos, etc. Recomendo aos interessados a leitura dos livros “ A Análise da Inteligência de Cristo”do Augusto Cury e da série “Como ler a Bíblia” da editora Paulus, precipuamente os de autoria do padre Ivo Storniolo.
ResponderExcluirSó queria saber em qual culto participa, onde os padres dizem pra comer carne.... nunca vi.
ExcluirAn percebo a sua posição, mas não acha que é errado a forma de como usufruímos dos animais? Até porque pela inteligência e sabedoria que o homem tem mediante os demais animais, deveríamos "se tocar" e ver que o jeito que estamos a fazer é ERRADO. Deus nunca falou que não é pra comer carne, mas Ele também nunca disse que era pra industrializar como produto os pobres coitados. Eles sofrem muito! Não é o fato de comer que está em questão, mas sim a forma de como tratamos eles. Pense nisso por gentileza, não por mim, muito menos pelos veganos, mas por eles: os animais que não tem como se defender dessa mega industrialização.
ExcluirDa onde você tirou que Jesus tocou os corações para que outros doaçem o que tinham, foi multiplicação dos únicos pães e peixes que se tinham no omento. Deus é o criador de todas as coisas, logo Ele tem todo poder para multiplicar as coisas sim, precisa ler a biblia e ter fé no que está lendo pois se não vai cair em contradição de tudo que está escrito nela. Então Jesus não ressuscitou,pois pelo seu entendimento Ele não era mágico? Claro que não era mágico, mais o filho de Deus...
Excluirdepois de ter dito tanta babozeira como vc disse An eu teria vergonha de dizer que era catolica. Por vc ter tirado o poder de Deus como vc fez dizendo q não houve o milagre da multiplicacao vc so pode ta aprendendo isso com padres da teologia da libertacao no minimo. estuda um pouco mais a doutrina catolica ok ai depois agente se fala.
ExcluirOps, não fiz a revisão do Português... Desculpe-me.
ResponderExcluirBacana, An. Gostei da sua resposta. Como vimos, nada santo, sagrado ou questão de fé. Pura tradição da idade média sem nenhum embasamento bíblico. Só discordo da sua afirmação "a Igreja Católica é a única que se reconhece santa e pecadora". Ser santo é uma denominação exclusivamente católica. É óbvio que ela vai se achar a única fodona do pedaço. Ainda tem católico que acredita na infalibilidade papal e na santidade da igreja. Sacrifício mesmo é conseguir comprar um quilo de bacalhau. rs. Abraço!
Excluirquanta ignorancia a respeito da doutrina catolica.
ExcluirO jejum leva em consideração a síntese do sacrifício dos 40 anos que o povo caminhou no deserto no Antigo Testamento e os 40 dias que Jesus passou no deserto, Jejum é penitência, é desapego. Não é necessariamente de comida. Pode ser o jejum da “língua”, não falar mal da vida alheia, pode ser das novelas. É fazer um sacrifício. Quem já come pouco ou está de dieta que sacrifício vai fazer se jejuar de comida? Jejum é ser livre diante do mundo material. A prática do jejum permite que o cristão adquira domínio sobre os seus instintos e representa também a tentativa humana de desapegar-se do consumo e das coisas materiais.
ResponderExcluirA origem desta recomendação vem da Idade Média, na época, o povo vivia em terras alheias e a carne vermelha era consumida só em banquetes, nas cortes e nas residências dos nobres. Ela tornou-se, então, símbolo da gula, associado ao pecado. No entanto, a recomendação de não consumir carne vermelha nestas datas também está relacionada ao fato de que, este tipo de carne, remeteria a carne do próprio Cristo, que Ele entregou em sacrifício por cada um de nós.
E sobre o fato da Igreja Católica ser a "fodona" no pedaço é pq ela pode... se ler a Bíblia verá em Mateus 16,18-20 onde Jesus disse a Pedro:
“ Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus.”
O Papa é sucessor de Pedro. A Igreja Católica não foi fundada por um Bispo, um Papa, ou um outro iluminado qualquer. Mas foi o próprio Cristo quem instituiu a Igreja.
Anônimo, permita-me discordar. Jesus não criou nenhuma religião. Ele disse a Pedro para erguer a igreja dele (de jesus), não a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR). A ICAR foi instituída pelo imperador Constantino mais de 300 anos depois como religião oficial do império romano e, para se aliar aos cristãos da época, que se tornavam numerosos, instituíram Pedro postumamente como primeiro papa para tentar dar uma legitimidade maior à nova religião de Roma. Pedro não criou a ICAR. Pedro conduziu os primeiros cristãos, o cristianismo primitivo, grupos que se reuniam em Roma por jesus. Quando Roma decidiu trocar de religião oficial do Estado e adotar o cristianismo, aí sim criaram a ICAR (para que o cristianismo fosse submetido ao império). Duvido que Pedro, se consultado, aceitaria ser considerado o primeiro papa da ICAR, logo a igreja do império que mandou matar jesus...
ExcluirEm primeiro lugar, os Católicos NÃO PRECISAM comer PEIXE às sextas-feiras. Eles podem comer qualquer coisa que não seja CARNE (peixe também é carne).
ResponderExcluirA Sexta-feira é um dia de abstinência DE CARNE para os Católicos no sentido de que este pequeno sacrifício seja uma justificação pelos pecados que eles tenham cometido. A Igreja ORDENA ISTO como uma mãe que insistirá para que seus filhos façam a restituição de qualquer coisa que tenham roubado, ou insistirão para que comam comidas nutritivas. A Igreja é uma mãe e reconhece que sem que nós tenhamos constante remissão, nós não seremos justificados de nossos pecados.
A carne não é considerada alguma coisa RUIM pelos Católicos. Se assim fosse, certamente a Igreja não permitiria que fosse comida todos os dias.
A sexta-feira foi escolhida porque este é o dia no qual o Senhor morreu para nos livrar dos pecados, e para nos lembrar que precisamos nos sacrificar juntamente com Seu sacrifício na cruz. por isso, não comer carne seria um ato penitencial em reconhecimento do sacrifício de Jesus, a tradição de comer peixe na sexta-feira santa é apenas uma tradição popular de fiéis leigos, já que o código de direito canônico recomenda que não se coma nenhuma tipo de carne, inclusive peixes, em TODAS as sextas-feiras do ano, exceto nas solenidades que coincidem nas sextas-feiras. esses três argumentos demonstrados são risíveis e ridículos, e não tem nada a ver com o sentido da abstinência de carne nas sextas-feiras recomendada pela Igreja Católica.
Bacalhau não é um peixe específico! É um tipo de preparação tipo o carque
ResponderExcluirDeus nunca falou porra nenhuma pq não existe deus nenhum... o homem se utiliza dessa divindade para controlar os que tem menos conhecimento...
ResponderExcluirJesus nunca falou isso de não comer carne...parece até ridículo fazer esse tipo abstinência... melhor seria por fugir do pecado e orar o tempo todo que fazer isso... que não tem sentido nenhum. Se come de tudo se bebe de tudo e não se come carne parece até uma piada para o santíssimo nome de Deus.
ResponderExcluirComer peixe no lugar de carne, foi algo criado pela interpretação humana, para sua própria conveniência.
ResponderExcluirSou cristã, mas acredito que mesmo dentro da igreja, ainda há muita ignorância.
E pra quem estuda mesmo, vai saber, que não precisa simplesmente não comer carne vermelha, mas há os sacrifícios de se doar para uma boa ação e se abster de coisas consideradas pecado. E não é numa única sexta feira.
É na quaresma inteira, e toda sexta também.
É só procurarem, estudarem e pronto...
A bíblia está muito distorcida, seja onde for que vá, por causa dessa mania humana de usar tudo que pode, da maneira que melhor lhe convier.
Nosso Senhor não tem culpa disso.
E antes de atacar uma religião, que tal atacar a ignorância humana como um todo.
Pode haver essa tradição na igreja, mas também há muitos por aí causando inúmeros desperdícios e maldades com os animais.
Meu intuito aqui não foi ofender ninguém.
Essa é minha opinião.
Ninguém é obrigado à concordar.
Apenas lembrem-se que há muitos cristãos vegetarianos.
Então o problema está no próprio humano.